Uma folha de papel e uma caneta na mão
Tenho o hábito de escrever tudo o que planejo tornar público na internet em dispositivos eletrônicos, seja o celular ou o computador. É curioso, porque prefiro escrever à mão tanto para o diário quanto para o bullet journal. Parece que o que é privado, pessoal ou íntimo tem que ser no papel e o que é público flui melhor de forma eletrônica.
Para ter certeza se isso é mesmo, decidi escrever este texto no papel para depois publicar no blog. E a primeira diferença que notei é que não escrevo tão rápido à mão quanto no teclado. E isso vale mesmo para o teclado de celular (mesmo depois de tantos anos digitando numa tela, ainda prefiro o teclado físico).
Também notei que este texto parece mais pessoal do que aqueles escritos direto no computador... ou é impressão minha? Estou sentindo que o papel funciona muito bem para "streaming of consciousness" (fluxo de consciência), mas não para um texto que vai precisar de edição. Concordo quando dizem que escrever à mão ajuda a refletir e aprender melhor: funciona muito bem para diário e estudos. Porém, escrever num ritmo mais lento e depois ter que digitar e editar… ai, que preguiça! E pensar que antes dos computadores e da máquina de escrever, os autores tinham que revisar e editar tudo à mão… que morte horrível!
(Achei isso quando escrevi e estou achando ainda mais depois de ter que digitar tudo. Enquanto vou digitando, já tento editar aquilo que não ficou bom, mas é uma etapa a mais... desperdício).
Assim, concluo que, para mim, escrever à moda antiga ainda pode fazer parte do processo de publicação no blog, mas para anotar ideias. Ainda não inventaram nada melhor para escrever o que vem à cabeça a qualquer momento do que um papel e uma caneta à mão, mesmo estando com o celular o tempo todo.